SOMATO VISCERAL SVRT
Somato Visceral Release Techniques (SVRT)
O curso irá abordar o diagnóstico e as técnicas viscerais utilizadas pela Osteopatia, Fisioterapia Manual , nos distúrbios de motilidade, nas restrições e aderências viscerais favorecendo o tratamento das subluxações , buscando relação dos distúrbios que influenciam o sistema nervoso autônomo e a função visceral.
Possibilita a complementação dos tratamentos músculos esqueléticos estruturais. A abordagem Somatovisceral (SVRT), promove uma interação clínica mais global aos profissionais que atuam na área manual e manipulativa , assim complementando a capacidade terapeutica de forma global, potencializando a capacidade autoregenerativa . As técnicas Somatoviscerais são muito efetivas na prática clínica, ao tratarmos tanto a motilidade quanto a mobilidade dos órgãos e vísceras, auxiliamos o equilíbrio e a homeostase do ser humano, através das fáscias e do SNC iremos proporcionar a normalização das funções corrigindo possíveis restrições presentes no sistema visceral.
O profissional pode atuar nas áreas técnicas, incluindo na área esportivas, clínicas e hospitais, abrindo muitas possibilidades de atuação clínica em disfunções viscerais relacionadas com a função musculoesquelética.
O que é Terapia Somatovisceral?
Os órgãos e vísceras possuem um movimento fisiológico, que respeitam um ciclo circadiano de funcionamento, regido pelo Sistema Nervoso Central, especialmente a parte do Sistema Nervoso Autônomo. Estes movimentos fisiológicos são: A motilidade e a Mobilidade.
Segundo o Livro os irmãos Masarsky o Sistema que rege o movimento e funcionamento visceral é denominado Sistema Víscero-Somático (SNA).
O Sistema Nervoso Autônomo causa interferências sobre a movimentação diafragmática, a movimentação Cardíaca, movimentos peristálticos e o ritmo craniossacral.
A Terapia Somatovisceral considera que as articulações “viscerais” ( Meninges,pleura, pericárdio e peritônio) devem estar com a sua movimentação dentro de um padrão de normalidade, respeitando o ritmo de absorção e produção de Líquor pelos ventrículos da meninge, assim evitando possíveis disfunções viscerais que por sua vez irão causar aderências, ptoses, estase venosas e ou espasmos visceral.
Quais os objetivos das técnicas somatoviscerais ?
O objetivo das técnicas somatoviscerais é devolver a mobilidade e a motilidade normal das vísceras, diminuir aderências miofasciais caisadas por processos inflamatórios viscerais, restaurar o fluxo sanguíneo que chega as vísceras e saem delas, corrigir possíveis “disfunções” de segmentos vertebrais que são responsáveis pela disfunção.
Existe um sistema situado entre os ossos do crânio e o cérebro, e que continua dentro da coluna vertebral até ao sacro, denominado sistema Crânio-sacral. É um sistema hidráulico fechado, com o seu próprio ritmo fisiológico, onde por dentro destas estruturas flui o líquido cefalorraquidiano produzido pelas bombas dos ventrículos que banha todo sistema nervoso, limitado externamente pela meninge dura-máter que possui a função de proteção da medula e o cérebro. Esta flutuação do líquido através do seu percurso tem um ritmo de movimento de subida que denominamos (flexão- Abertura) e de descida (extensão-fecho) que chamamos de Movimento Respiratório Primário (MRP), movimento este que ocorre anteriormente ao movimento respiratório pulmonar, que não começa até nascermos.
Este ritmo consiste em seis a doze pulsações por minuto, causadas pela rítmica produção e reabsorção do líquido cefalorraquidiano. O ritmo do Sistema Sacro-cranial pode-se sentir tão claramente como os ritmos cardiovascular e respiratório. Mas ao contrário dos outros ritmos, pode-se avaliar e corrigir. O ajuste sobre este sistema irá por sua vez estimular o mecanismo de auto-regulação e equilíbrio homeostático das fáscias e vísceras do indivíduo e sua inteligência inerente para auto-curar-se.
Qual é a influência da pulsação liquórica sobre as vísceras?
A pulsação liquórica rege os movimentos das fáscias do peritônio, da cavidade supra-diafragmática, dos músculos e inervações que se distribuem ao longo do sistema Nervoso Central. Devido a este importante fator, qualquer aderência ou alteração da mobilidade das fáscias endotorácicas, pode alterar a motilidade e a mobilidade visceral, dando início a um processo patológico.